Com 192 cavalos, 19,2 kgfm de torque e pilotagem para lá de esportiva, o Honda Civic Si já provou ser um dos carros nacionais mais radicais para se ter na garagem. Ainda assim, há quem o prefira com uma adição de adrenalina.
Este é o caso de Raphael Panigalli, um jovem paulistano prestes a se tornar piloto de aeronave comercial. "Sempre gostei de velocidade. Seja no ar ou na terra, meu meio de transporte precisa ser ágil", afirma. Após o ensaio fotográfico, constatamos: se houvesse um par de asas na carroceria deste Si 2008, ele levantaria voo! Amigo do dono da preparadora Way Motorsport, especializada em motores Honda, Panigalli já sabia o que faria no carro antes mesmo de comprá-lo. "O Márcio Mastroiani da Way é amigo meu de longa data. Ele me mostrou o caminho das pedras e vi que seria uma ótima ideia investir no projeto", lembra.
Assim, um belo aerofólio do Civic Mugen RR, vendido no Japão, e um módulo Hondata -- equipamento que trabalha com a ECU original e altera diversos parâmetros do motor, como injeção e ignição -- já estavam guardados em seu quarto meses antes de assinar o cheque do Honda.
PELA INTERNET
Com o carro em mãos, Panigalli ligou o computador, entrou no eBay e descarregou o cartão de crédito. Entre as peças, vale destacar o belo escape MegaPower R, de inox, da Skunk 2 Racing: tem 2,75" de diâmetro e acompanha dois abafadores. "Apenas com esse componente, é possível extrair de 6 cv a 7 cv na roda", garante Panigalli. Além de potência, o escape "desfere" um estrondo que até Dalai Lama deixaria de lado sua paz interior para cravar o pé no acelerador -- o ronco é simplesmente tentador.
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Com o carro em mãos, Panigalli ligou o computador, entrou no eBay e descarregou o cartão de crédito. Entre as peças, vale destacar o belo escape MegaPower R, de inox, da Skunk 2 Racing: tem 2,75" de diâmetro e acompanha dois abafadores. "Apenas com esse componente, é possível extrair de 6 cv a 7 cv na roda", garante Panigalli. Além de potência, o escape "desfere" um estrondo que até Dalai Lama deixaria de lado sua paz interior para cravar o pé no acelerador -- o ronco é simplesmente tentador.
No mesmo pacote de mercadorias Panigalli incluiu um kit de filtro esportivo K&N, versão Typhoon, um aplique de fibra de carbono para o volante, tampas Mugen para os reservatórios de água e óleo e emblemas vermelhos para carroceria e volante. "Paguei uma média de R$ 30 por cada tampa e adesivo", indica o dono.
Com a lista de produtos entregue, o Civic finalmente partiu para as mãos de Mastroiani. Lá, o preparador instalou as peças e iniciou as alterações na injeção via Hondata. "Devido a grande quantidade de carros preparada na Way, sei manusear de trás para frente esse equipamento", brinca. Após baixar o novo mapa, ele conectou o programa no Honda e... um esportivo totalmente novo acabava de nascer!No primeiro teste, vi que não era o mesmo carro. Além de o comando variável (i-VTEC) acionar mais cedo -- a 5.000 rpm, contra as 6.000 rpm originais --, o aumento de potência é explícito", enfatiza Panigalli.
Mastroiani adicionou 48 cv de potência e 5 kgfm de torque no motor 2.0 16V, elevou o corte de giro das 8.200 rpm para 8.600 rpm e desbloqueou a velocidade máxima. "Quando medimos o carro no dinamômetro, a velocidade chegou a 285 km/h", empolga-se Panigalli. Mas, calma lá: ele não sairá pelas ruas de São Paulo acelerando como um louco...
Responsável, Panigalli aproveita provas de Track Day para testar o poderio de seu carro: "meu negócio é curtir nas pistas cada centavo investido", garante. Durante as corridas, aliás, ele poupa as belas rodas BBS LM de 19 polegadas. "Há quem me recrimine por utilizá-las em um carro japonês, com direito aos pneus stretch (mais estreitos). Mas, como diz o ditado, 'gosto não se discute'. Está como eu queria, e é isso o que importa", afirma.
PILOTO
Como salientado no início da reportagem, Panigalli é piloto de avião e ávido por adrenalina. E, como haveria de ser, toda essa potência adquirida na configuração já não é o bastante para ele -- o Civic acaba de entrar na segunda fase da preparação. A bola da vez, segundo ele, é um kit turbo, desenvolvido sob medida pela Way. "O Mastroiani tem um sistema pronto para os Si e boa parte dos equipamentos já existentes no carro servirá para essa etapa. Escape e Hondata, por exemplo, vão permanecer e me economizar uma boa grana", enfatiza o dono do carro.
Quem também irá compor essa nova fase será um sistema de freios dimensionado da Way, com discos maiores, ventilados e slotados. "Acho que essa é a única deficiência original que eu notei no Si. No mais, é um carro e tanto", afirma Panigalli, cada dia mais empolgado. Hoje com 240 cv, a estimativa é a de que o carro passe da casa dos 300 cavalos.
PILOTO
Como salientado no início da reportagem, Panigalli é piloto de avião e ávido por adrenalina. E, como haveria de ser, toda essa potência adquirida na configuração já não é o bastante para ele -- o Civic acaba de entrar na segunda fase da preparação. A bola da vez, segundo ele, é um kit turbo, desenvolvido sob medida pela Way. "O Mastroiani tem um sistema pronto para os Si e boa parte dos equipamentos já existentes no carro servirá para essa etapa. Escape e Hondata, por exemplo, vão permanecer e me economizar uma boa grana", enfatiza o dono do carro.
Quem também irá compor essa nova fase será um sistema de freios dimensionado da Way, com discos maiores, ventilados e slotados. "Acho que essa é a única deficiência original que eu notei no Si. No mais, é um carro e tanto", afirma Panigalli, cada dia mais empolgado. Hoje com 240 cv, a estimativa é a de que o carro passe da casa dos 300 cavalos.
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